quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

-_- Os olhos, grande porta para o mundo -_-

RECEBI UM EMAIL, SUPER INTERESSANTE, VOU TRANSCREVÊ-LO AQUI...

Vejam esse comentário de alguém que nem é tão religioso. Ele está estarrecido com o altíssimo número de traições nessa novela...
Enquanto os não crentes estão estarrecidos, muitos crentes estão embevecidos... Confira!

Queridos,
Eu nem faço idéia do enredo de nenhuma novela pois não tenho tempo para perder com tanta porcaria, tanta pornografia, tanto espiritismo e idolatria. Como eu sei disto, se não assisto? Ouço e leio os comentários. Mas por crer que as novelas de modo geral, procuram destruir a família e a verdadeira igreja de Deus, então tudo que for contra as novelas, tem meu apoio.
Os autores das novelas não tem compromisso algum com Deus e portanto, não devemos de modo nenhum dar audiência para eles. Se alguém não sabe, o diretor daquele filme pornô chamado BBB disse que não teme a sociedade evangélica. Ele com certeza acha que o moralismo é uma bobagem e que nós crentes, somos uns puritanos idiotas. Alguns até devem ser mesmos pois ainda dão audiência para eles, apesar do desprezo que eles têm por nós.
Eu peço a Deus que proteja nossas crianças.
Almir.
 
  

É POR ISTO QUE EU ODEIO NOVELA!


Amar é trair, segundo novela global "Viver a Vida" diz Revista "Isto é"

A novela do horário nobre da Rede Globo é um elogio à infidelidade e quer fazer crer que a sociedade endossa a traição. Nela a mola do dia a dia é trair. Amar é trair. O certo é trair. O que está em jogo na crítica ao festival de traições de “Viver a Vida” não são posições moralistas, mas, isso sim, o elogio à perversidade.

Está longe de ser a regra, mas pode acontecer de um médico apaixonar-se por uma paciente. Então, de duas, uma: ou ele se centra em sua condição de especialista e técnico, respeita a ética profissional e tira a moça da cabeça, ou a encaminha a algum colega para seguir com o tratamento. Esse é o procedimento recomendado pela Organização Mundial da Saúde e exigido pelo Conselho Federal de Medicina no País. Mais raro ainda é médico e paciente descobrirem sentimentos amorosos concomitantes e recíprocos, embora haja um ou outro caso que virou notícia, deu em casamento e o casal foi viver a vida - a vida real.

Mas há outro “Viver a Vida”, esse na televisão e no horário nobre, que está na novela da Rede Globo escrita por Manoel Carlos. Nela, a mola do dia a dia é trair. Amar é trair. O certo é trair. E o affair entre médico e paciente se torna mais esquisito e leviano porque alimenta não um triângulo amoroso próprio dos folhetins, mas, isso sim, um polígono de traições que o novelista, aos 77 anos, decidiu impor ao telespectador. Só há libido na trama se houver traição. Em “Viver a Vida”, o termômetro desse conturbado universo do desejo bate nos 40 graus do absurdo quando estão na tela a personagem Luciana, uma cadeirante interpretada por Alinne Moraes, e o personagem doutor Miguel, papel desempenhado pelo ator Mateus Solano - além do médico, ele também interpreta na novela o seu irmão gêmeo, o arquiteto Jorge.

Não bastasse a escorregada do doutor no campo da ética profissional, quis Manoel Carlos, ainda, que os  dois personagens fossem comprometidos com outros parceiros. Ou seja: Miguel trai uma personagem que sofre de bulimia alcoólica e Luciana trai o próprio irmão de Miguel. Deu? Tem mais. Mais traição e mais medicina. A médica Ariane (interpretada por Christine Fernandes) está apaixonada pelo marido de uma paciente com câncer.

O que está em jogo na crítica ao festival de traições de “Viver a Vida” não são posições moralistas, mas, isso sim, o elogio à perversidade. Ainda que se force a barra e se reconheça na doente um sentimento de extremo altruísmo nos momentos em que ela incentiva o marido a se atirar nos braços da médica, tanto ela, médica, quanto ele, marido, portam-se de forma essencialmente egoísta - na verdade, os três vivem um perverso jogo de sentimentos ambíguos e projetados, característicos da traição. Fica claro, por exemplo, que os “pombinhos-corvinhos” estão somente à espera do falecimento da enferma para dividir a cama. A dela. Entre outros personagens, essa espera inexiste: o protagonista Marcos (José Mayer) está traindo Helena (Taís Araújo) com a própria amiga dela, Dora (Giovanna Antonelli), que é hóspede na casa dos dois. Dora, por sua vez, engana o namorado, Maradona - tanto que está grávida e não sabe quem é o pai. A ode à traição e confusão não para aí: Helena também trai o marido com o personagem Bruno (Thiago Lacerda). Mais uma vez, deu? Tem mais: o advogado Gustavo (Marcello Airoldi) passa para trás a sua mulher, Betina (Letícia Spiller), saindo com a prima dela, a jornalista Malu (Camila Morgado). Esses casos, somados a outros tantos de infidelidade, talvez deixassem envergonhados os dramaturgos William Shakespeare de “Hamlet” e Nelson Rodrigues de “Perdoa-me por me traíres”.

Há, porém, um oceano a separá-los de Maneco, carinhoso apelido dado ao novelista: eles jamais chegaram nem chegariam a tal ponto de banalidade. Na novela, trair e ser traído é o ato mais normal do mundo e ela pressupõe que a sociedade adote o adultério como padrão regular de comportamento. Com certeza, “Viver a Vida” traiu a si mesma: os índices do Ibope despencam. É a pior audiência do horário nos últimos dez anos (média de 34,7 pontos na Grande São Paulo). A professora de dramaturgia da Universidade de São Paulo Renata Pallottini acredita que o excesso de relações extraconjugais afaste mesmo o público: “Pode ser que uma boa parte da audiência esteja reagindo a essas manifestações de leviandade.” Manoel Carlos garante que “esse tipo de comportamento é bem mais comum do que pode parecer”.

Estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro mostra que 60% dos homens e 47% das mulheres se confessam infiéis. A julgar pela inconstância dos personagens de Maneco, no entanto, ele deve crer que esses índices são bem maiores: em pouco mais de 120 capítulos, o novelista pôs na tela 13 casos de infidelidade. Para a psicóloga carioca Ana Maria Fonseca Zampieri, a novela está “descortinando a questão da infidelidade e mexendo com a família porque traição é um tema tabu”. Ela adverte, no entanto, para o risco das generalizações: “Muitos homens e mulheres morrem fiéis.”

Em “Viver a Vida”, esses homens e mulheres leais são espécie em extinção. Na trama existe até uma defensora da prática do adultério: a personagem Alice (Maria Luisa Mendonça), que dá força ao romance de
Helena e seduziu o namorado da filha de uma amiga. Taís Araújo, que faz Helena, defende a sua personagem: “Ela se encantou por Bruno porque esse homem representa tudo o que uma mulher pode perder em seu
casamento: a liberdade e o direito de trabalhar.” Só que Helena não sabe que Bruno é filho de seu marido com outra mulher. Resta saber como reagirá quando descobrir isso. Traidoras e traidores gostam de
trair, mas será que gostam igualmente de se verem traídos? Os gregos, sobretudo em “Medeia” (Eurípides, século V a.C.), trataram de forma genial - e definitiva - a dramaticidade dessa questão-limite e não achavam que viver a vida fosse ludibriar a confiança alheia.

Por Antonio Carlos Prado

Fonte: Revista Isto É - Edição 2101

3 comentários:

Francisco disse...

Dou grande apoio a esse post
pois essas novelas como o BBB vem mostrando esses teoria de morte!!!!
Morte na vida de familias!!!!

Unknown disse...

A partir do momento que eu não gosto de uma coisa, eu não dou crédito à ela, e procuro não divulgá-la. Assim faço com as novelas pois concordo que sejam um incentivo para a desmoralização da sociedade, embora também tenha seu lado positivo, e esclarescedor. Acredito que se tenho a tv desligada, mas fico opinando sobre as novelas, ou comentários menos edificantes, estou propagando o mal... Este também,é um meio indireto de trabalharmos em sua divulgação. Posso estar equivocada...Boa noite!

Anônimo disse...

é uma sacanagen mais..
além do espiritismo a sexualidade..
nossa, eles realmente querem acabar com o respeito!!!